quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

DICA: VOCÊ JÁ VISITOU A ALERJ?

Com a crise financeira que assolou o estado do Rio de Janeiro, um lugar se tornou constantemente notícia nos meios de comunicação. Não apenas pela função que lhe cabe, mas também pelas constantes manifestações populares em suas escadarias históricas. 


A ALERJ - Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - tem recebido uma atenção especial e não sai da mídia, depois que os seus principais líderes e integrantes foram parar atrás das grades, acusados de envolvimento em esquemas de corrupção. 
Apesar disso, e da casa ser chamada de "casa do povo", nem todos a conhecem ou já visitaram suas dependências.
Diariamente são oferecidas visitas guiadas e gratuitas a quem deseja conhecer o prédio, palco de importantes acontecimentos para a vida do povo do Rio de Janeiro.

Mesa diretora. Ao centro cadeira destinada ao presidente da casa.


Vista do plenário de uma das galerias destinadas ao público.

Plenário



































Guiados por estudantes universitários, que trabalham em turnos de quatro horas, podemos caminhar por suas escadarias de mármore de Carrara, apreciar seu mobiliário antigo em madeira imune aos cupins, visitar as galerias destinadas às pessoas que assistem as sessões, passear pelos corredores, que abrigam exposições temporárias, entre outras atrações interessantes, como a cápsula do tempo. Nela, estudantes da rede pública colocaram, em 2016, seus desejos e impressões de como esperam que esteja o mundo em 2026, quando a cápsula será aberta.

Escadaria em mármore de Carrara





















Cápsula do tempo




























A casa dispõe também de uma biblioteca, aberta ao público em geral, especializada em livros de direito, que também guarda todos os exemplares do Diário Oficial do Estado. Talvez por desconhecimento, a biblioteca, cuja iluminação não é das melhores para um ambiente de leitura, é pouco visitada. Uma pena. O espaço é incrível para quem deseja uns momentos de sossego para uma boa leitura, em meio ao turbilhão e ao burburinho do Centro do Rio.

Biblioteca da ALERJ

Acervo inclui livros de direito e todos os exemplares do Diário Oficial do Estado

























O local vale a visita. Não precisa de agendamento e a entrada é franca.

Cabine de votação, quando o voto era secreto.

Interior da cabine de votação




Relógio francês



Lustre em mármore



Foto de uma das exposições nos corredores da ALERJ mostra a cerimônia de posse de Benedita da Silva, ao centro, primeira mulher a governar o Estado do Rio de Janeiro - abril de 2002 - ladeada à sua esquerda pelo então candidato a presidente, Luís Inácio Lula da Silva, e Marta Suplicy, então prefeita de São Paulo e à sua direita pelo então presidente da ALERJ, deputado Sérgio Cabral, ex-governador do estado do Rio de Janeiro, atualmente preso por corrupção. Ainda na foto, ao lado de Sérgio Cabral, o então presidente do Partido dos Trabalhadores, José Dirceu, hoje condenado por corrupção.

Que tal? Alguém se habilita?

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

PORTO MARAVILHA ou PEQUENA ÁFRICA?


O Porto do Rio de Janeiro caiu na boca do povo nos últimos tempos. Foi revitalizado e recebeu milhões de pessoas na época das olimpíadas de 2016.

O local é um dos redutos da boemia carioca. Em suas ladeiras podemos sentir a força e a influência da cultura negra na vida histórica e artística da cidade. 




Famosa ladeira, reduto da boemia e das rodas de samba.

Zumbi dos Palmares, herói da resistência negra.

















Mercedes Baptista, primeira bailarina negra.


Mas o que, talvez, nem todos saibam é que a região é também chamada de PEQUENA ÁFRICA. Não por motivos tão nobres quanto a herança cultural. Ali foi o maior porto de escravos da América Latina e abrigou, entre outros tantos sítios históricos, as "casas de engorda", para onde eram levados os escravos recém chegados ao Brasil, e o cemitério dos pretos novos, destinados àqueles que não resistiam a viagem e aos maus tratos.




Com as obras do Porto Maravilha parte dessa história veio à tona. Soterrado por camadas de cimento e asfalto de mais de um metro de altura, o Cais do Valongo ressurgiu para nos fazer lembrar de uma parte pouco nobre da história da nossa cidade, quando seres humanos eram tratados como objetos e moeda de troca. Apesar de não estar sendo cuidado adequadamente pelas autoridades competentes, o Cais do Valongo foi considerado pela UNESCO patrimônio da humanidade. 

Patrimônio da humanidade - UNESCO.

Estudantes se reúnem no Cais do Valongo para conhecer um pouco da nossa história.


Mais do que um lugar privilegiado pela bela paisagem, a região do porto merece ser visitada pela importância histórica da cidade do Rio de Janeiro.
Vale a visita!


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

INTERVENÇÃO???

Ontem, no caminho para o trabalho, pela manhã, me deparei com uma faixa em uma das passarelas em frente a estação São Cristóvão do Metrô, no Rio de Janeiro, que dizia assim: "Intervenção Militar: não é opção. É a única solução". E pedia pra quem concordasse buzinar. 







Fiquei pensando sobre isso... O que será que essas pessoas desejam ao pedir uma intervenção militar? Qual é a esperança que os move? Por que cada vez mais tenho ouvido frases como essa da faixa? Em que exatamente uma intervenção militar ajudaria diante do cenário que temos vivido? 


Entendo que em momentos de desalento desejamos a vinda de um salvador pra nos tirar da agonia em que nos encontramos. Mas essa figura do salvador me incomoda... É como se fôssemos crianças necessitando de um pai para nos dizer o que fazer. 
Tudo bem, quando, particularmente, precisamos nos amparar na sabedoria dos mais velhos, dos mais experientes. Pedir ajuda, opinião, não é ruim. Ninguém nunca sabe tudo. 
Mas quando esse desejo de conseguir um salvador refere-se aos problemas coletivos, da sociedade em que estamos inseridos, na minha opinião, reside um perigo grande aí. 
Por que achamos que é melhor sermos conduzidos, do que arcar com o ônus das nossas escolhas políticas, por exemplo? Por que achamos que uma só pessoa pode conseguir resolver toda essa lama de escândalos e corrupção, que se solidificou em anos de práticas nocivas e que ninguém contestou antes? 

Não sei as respostas para as perguntas que fiz acima. Não. Mas sei apenas de uma coisa: quero poder escolher o meu futuro. Se errar, e erramos muito efetivamente, quero continuar tendo a chance de escolher, escolher um outro caminho.

Você pode discordar de mim. Claro que pode! E essa é a graça de tudo isso. Cada um poder pensar e opinar de acordo com suas convicções. Vamos aproveitar essa oportunidade! Enquanto podemos...

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Dica de livro: CIDADES E SOLUÇÕES, de André Trigueiro.

Na última segunda-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o jornalista André Trigueiro lançou seu sexto livro, CIDADES E SOLUÇÕES - como construir uma sociedade sustentável


Em comemoração aos dez anos do programa de mesmo nome, exibido no canal de TV por assinatura Globo News, o jornalista André Trigueiro reuniu e aprofundou no livro os vários temas abordados no programa. Mas engana-se quem pensa que o livro atenderá somente ao público engajado na defesa do meio ambiente e na procura de soluções sustentáveis de desenvolvimento. Em conversa com o autor, ele garantiu categórico que "qualquer adolescente vai entender, simplificamos na forma e no conteúdo".
É verdade. Com o livro em mãos, constatamos que apesar da seriedade dos temas, a linguagem é objetiva e acessível, e nos faz querer virar a página para saber o quem vem depois. Nos dá vontade de descobrir que soluções podemos encontrar para os diversos problemas do mundo moderno.

Conhecimento e sustentabilidade


Um exemplo de "solução" sustentável apresentado no livro são as colmeias nos telhados de Paris. Nesse trecho o autor toca em vários temas delicados como o desaparecimento das abelhas e suas consequências, o uso de agrotóxicos, os transgênicos e a importância do trabalho de polinização feito pelas abelhas. 

Em outro, Trigueiro retorna a França para destacar a importância do meio de transporte ferroviário, como forma de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. 

Entre tantos assuntos interessantes abordados no livro, destacamos também a entrevista com Noam Chomsky, linguista e filósofo americano, exibida no programa em 29 de junho de 2015. 
Na época, Trump ainda não havia sido eleito presidente, mas Chomsky alertava para o perigo da falta de conhecimento e afirmava que em várias áreas do país, "as pessoas simplesmente não acreditam em mudanças climáticas e aquecimento global". 
Apesar disso, o filósofo garante que podemos realizar mudanças consideráveis em curto espaço de tempo, utilizando a tecnologia disponível atualmente, basta querermos. As gerações futuras certamente agradecerão. "Nunca antes na história tivemos que tomar decisões que tivessem tanto impacto para as gerações futuras", alerta Chomsky. Nesse momento pensei na capacidade do ser humano em esquecer um pouco do eu e pensar mais em nós. Imediatamente me veio à cabeça a pergunta: será que conseguiremos abandonar o egoísmo? Será que conseguiremos pensar mais nos outros, em nossa descendência, e menos em nós mesmos, no agora, no lucro momentâneo? Bem, não tenho as respostas para essas questões e acredito que nem o livro as oferece. Porém, uma coisa é certa. O livro de Trigueiro é rico de possibilidades. Sim, digo possibilidades, pois com o conhecimento que nos é ofertado em cada página, temos a possibilidade de fazer diferente daqui em diante. Mesmo nas mais pequeninas coisas. Que tal? Vamos tentar?


Confiram agora alguns momentos do lançamento do livro no Rio de Janeiro, que contou com a presença de intelectuais, ambientalistas, professores, empresários, estudantes, jornalistas, artistas e fãs do autor e da causa que ele abraça com tanto carinho, amor e afinco. "Gente que parece se reconhecer na sintonia do bem", como bem disse Trigueiro. 

Autografando.


Prestigiado pelos amigos e colegas de profissão.





Blog da Fátima Augusta parabeniza o autor pelo trabalho.




Muitos fãs e amigos presentes no lançamento.


A fila para cumprimentar o autor não parava de crescer.



quarta-feira, 5 de abril de 2017

ILHA GRANDE: retorno ao paraíso

Visitei a Ilha Grande pela primeira vez há 30 anos... 


Conhecida pela sua estonteante beleza natural, a Ilha abrigava na época um presídio para detentos de alta periculosidade. Pousadas ou hotéis eram escassos, enquanto acampamentos pouco estruturados povoavam a ilha. Eu fiquei acampada, junto com outros barraqueiros, no quintal da casa de uma moradora, na Praia de Abraão, onde chegavam as barcas vindas de Mangaratiba, único porto do continente que mantinha uma linha regular de transporte para a Ilha. Esse transporte era lento e com horários irregulares.


Este ano resolvi visitar a Ilha Grande novamente e encontrei algumas coisas muito diferentes. Mas não muito... A beleza continua... Exuberante!!!

No barco a caminho da Ilha: "Terra à vista!"

Praia na Vila de Abraão.


Opções diversificadas

Hoje, podemos chegar até a Ilha partindo de três pontos diferentes: Mangaratiba, Conceição de Jacareí e Paraty. As embarcações são mais rápidas, exceto as que saem de Mangaratiba, que ainda mantém o estilo de outrora. 
Eu, particularmente, preferi partir de Conceição de Jacareí, por vários motivos, como por exemplo, o maior número de opções de horários e o tempo do percurso, que dura cerca de 20 minutos. Quem vai de carro até lá pode estacionar próximo ao cais de Conceição e efetuar a reserva e o pagamento antecipado pela internet. É só levar o voucher no dia. A chave permanece com você, o que significa que, ao retornar, o seu carro estará no mesmo lugar onde você o deixou. 

Carro estacionado, bagagem em mãos, é só partir rumo ao cais. Isso é um dado importante: não devemos levar bagagens muito pesadas ou difíceis de carregar. O ideal é levar o que nós mesmos podemos dar conta. Não existe nada muito elaborado, como por exemplo, um carrinho para levar as bagagens até o cais. Mesmo no embarque, não há nenhuma "ajuda" por parte dos profissionais da embarcação. Fiquei observando e pensei imediatamente nas pessoas mais idosas, com uma mobilidade mais reduzida e que também gostariam de aproveitar as belezas naturais. Essa parte do transporte não é muito acessível e preparada para receber o público da terceira idade. Levar pouca bagagem também ajuda durante a travessia, já que não existe um compartimento para elas. Então, o ideal é que possamos deixá-las no colo ou o mais próximo de nós, o que muitas vezes atrapalha a passagem dentro da embarcação. 

Como fui no alto verão, o calor é... Soberbo! Você torce para a embarcação partir logo, pois o vento durante o trajeto alivia a sensação térmica de sufoco. E que vento!

Na chegada a Ilha, desci na Vila de Abraão. Por sorte, escolhemos uma pousada bem próxima ao cais. Assim não precisei caminhar muito com as bagagens, porque por mais que você limite o número de seus pertences, viajar com criança, sempre faz com que tenhamos que aumentar esse limite.



Hospedagem

Por onde andamos na Ilha Grande encontramos pousadas. Que diferença de 30 anos atrás!  O local onde acampei no passado está em obras e também vai virar uma pousada. Mais uma, entre as tantas que já existem e ficam lotadas em determinadas épocas do ano. Para quem aprecia o luxo, isso não existe na ilha. Luxo mesmo ali é a natureza. É como se os acampamentos daquela época tivessem se sofisticado. Tudo é muito simples e rústico, adequado à simplicidade da vida em uma ilha. Só um aviso importante, principalmente para os alérgicos: é bom não esquecer o repelente, pois mosquito é o que não falta por lá. E em tempos de Dengue, Chikungunya e Zica, todo cuidado é pouco.

Toda a vida dos moradores da ilha é, basicamente, voltada para o turismo. O burburinho do comércio fica concentrado na Vila de Abraão, onde encontramos lojinhas de souvenirs, restaurantes e afins. E, por falar em comida, me lembrei dos preços, que são um tanto quanto "salgados". Até porque os moradores da ilha têm que fazer "caixa" para o período das chuvas, quando a visitação à Ilha cai assombrosamente. Muitos trabalhadores diretamente ligados às atividades turísticas têm que procurar emprego nesse período de "seca molhada" no continente. Para os moradores da Ilha Grande, seria bom que fosse verão o ano inteiro.

Passeando pela Ilha

Existem vários passeios para se fazer na Ilha Grande. A maioria marítimos. Uns nos levam para dar uma volta completa pela ilha, com paradas em várias praias. Outros só fazem meia volta. Outros ainda levam a algumas ilhotas vizinhas. Todos, contudo, nos fazem conhecer praias belíssimas de águas cristalinas. O transporte pode ser feito em pequenos botes para poucas pessoas, em lanchas com uma capacidade um pouco maior e mais rápidas, ou em grandes barcos que levam grupos com maior número de pessoas. Nas embarcações de pequeno porte é possível ter mais tempo para desfrutar das praias nas paradas. Nas embarcações maiores esse tempo é reduzido devido ao maior número de pessoas participantes. 
Existem também os passeios por terra, bom para aqueles que amam fazer trilhas e caminhadas mais radicais pela mata, com o apoio de um guia local. Sobre esses não tenho muitos detalhes, pois não me aventurei por nenhum deles. A caminhada mais intensa que fiz foi pelo Parque Estadual da Ilha Grande (vejam mais detalhes abaixo).



Infraestrutura da ilha: para o morador!

Caminhando pela Ilha Grande, resolvi conversar com alguns moradores e conhecer um pouco mais da rotina de quem faz da ilha o seu lar e não está apenas de passagem, usufruindo da natureza exuberante.

Logo de cara, a primeira reclamação é a falta de luz, muito comum por lá. Aliás, em uma noite de chuva, eu pude vivenciar a questão. Quem não tem gerador, fica mesmo as escuras nessa ocasião. 

Vista da janela do meu quarto: noite de chuva e falta de luz.


Noite de chuva sem luz.

























A Ilha Grande é o terceiro distrito de Angra dos Reis. Praticamente tudo o que precisam vem de lá. Na Ilha existe apenas uma farmácia, uma escola municipal, que segundo moradores, o ensino é "muito fraco", e um posto médico. Os casos mais graves são encaminhados para o hospital em Angra. É acionado o transporte e a vítima deve aguardar a chegada do barco para realizar o trajeto até o continente. 
Por falar em transporte público, a gratuidade é garantida aos moradores somente nas embarcações que seguem para Mangaratiba, que eram as únicas linhas regulares no passado. 
Em conversa com o gerente da pousada, o jovem Renan, descobri que, em breve, sua esposa grávida irá para a casa de parentes fora da ilha. "Não há condição de ficar aqui para a hora do parto. A assistência é precária", avalia, cuidadoso. Como ele tem que continuar trabalhando, Renan pretende se dividir em idas e vindas entre a ilha e o continente para poder curtir a família e manter o trabalho. Ele não descarta, contudo, a possibilidade de partir de vez por conta da chegada do filho e procurar alternativas de trabalho fora da ilha. "O ensino aqui é muito fraco, só tem uma escola. Quero poder proporcionar uma oportunidade melhor para o meu filho", planeja.


Única escola da Ilha da Grande.











Fachada da Escola Municipal Brigadeiro Nóbrega.

















Precariedade dos serviços públicos

Mas não é só em termos de saúde e educação que as oportunidades são limitadas na ilha. Outros serviços públicos, como a coleta de lixo, por exemplo, também são precários. É comum observarmos montanhas de lixo acumuladas em vários pontos da vila de Abraão, o que causa mau cheiro e a proliferação de insetos. Volta e meia acontecem mutirões de limpeza e o lixo é recolhido, mas a verdade é que não existe um planejamento e uma ação efetiva para resolver de vez o problema. As autoridades não parecem muito preocupadas com isso. A crise do estado do Rio de Janeiro é justificativa para tudo, até mesmo para a não realização de nova licitação para escolha de uma nova empresa para realizar o serviço. O contrato com a atual, Limppar, terminou em janeiro. Mesmo assim, amparada por uma liminar, a empresa continua em atividade, mesmo precariamente. Apesar do TCE (Tribunal de Contas do Estado) ter determinado uma nova licitação, o processo pode demorar de três a seis meses. 



Lixo acumulado no caminho que leva ao Parque Estadual da Ilha Grande.

Mais lixo acumulado no terreno em frente a escola.















Enquanto isso, os moradores vão se virando como podem, principalmente para não afastar os visitantes da ilha. No local encontramos a Brigada Mirim Ecológica, que procura conscientizar os moradores sobre o cuidado que se deve ter com o lixo. 


Cartaz com orientações sobre o tempo de decomposição dos materiais na natureza.













Difícil escolha: água doce ou salgada?

Apesar de ficar lotada em várias épocas do ano, caminhar tranquilamente pela ilha é sempre um prazer. Longe do burburinho da Vila de Abraão conseguimos encontrar lugares relaxantes e tranquilos. Apenas por alguns minutos, até outros visitantes encontrarem também o mesmo local. 

Além da imensidão do mar de água salgada a sua volta, podemos nos refrescar também nas geladíssimas águas das cachoeiras, cujo acesso a pé pelo Parque Estadual da Ilha Grande garante um estreito contato com a natureza e a apreciação de paisagens belíssimas. 

Uma das cachoeiras mais famosas é a da Feiticeira. Para chegar até lá é preciso caminhar por dentro do Parque, por pouco mais de uma hora, em terreno íngreme. Mas quem não aguentar o exercício até o fim, ao longo do caminho pode se deliciar nas refrescantes piscinas naturais formadas pelas mesmas águas doces e igualmente geladas da Feiticeira, que descem através da montanha verde. 
Cansados da caminhada e sentindo muito calor, encontrar essas piscinas naturais é como mergulhar em um paraíso. Sensação revigorante! Vale a pena!


Entrada do Parque Estadual da Ilha Grande

Água gelada e refrescante! Maravilha em dias quentes.

Descoberta da piscina natural durante a caminhada. Tudo de bom!!!
























Durante toda a minha estadia na ilha, não percebi ou presenciei problemas de segurança, como assaltos. Conversando sobre o tema com moradores, alguns me relataram que já houve uma tentativa de arrastão tempos atrás. Mas, para felicidade de todos, os próprios moradores coibiram e impediram esse tipo de prática. Afinal, se a Ilha vive do turismo sazonal, não pode dar-se ao luxo de permitir tais práticas em ambientes tão restritos. Afastaria os visitantes e dificultaria ainda mais a vida de quem vive na ilha e tem no turismo a sua fonte de renda. 

A viagem chegou ao fim. Valeu a pena mais uma vez estar nesse lugar, desfrutar dos passeios por águas cristalinas e vegetação densa. Se você gosta do contato com a natureza e não se importa de abrir mão de pequenos "confortos" a que estamos acostumados no dia a dia, visitar a Ilha Grande é, certamente, um passeio maravilhoso!

A seguir, mais algumas imagens dos belos locais visitados na Ilha Grande e no seu entorno.


















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