sábado, 31 de agosto de 2013

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DA BIENAL DO LIVRO DO RIO!!!

O Blog da Fátima Augusta visitou a Bienal do Livro do Rio e trouxe algumas informações para os leitores que pretendem visitar a feira.



No geral, gostei muito do que encontrei lá, mais alguns pontos podem ser melhor trabalhados em eventos futuros. O estacionamento é amplo, porém descoberto. Em dias de chuva esse fato pode não ser muito agradável, pois dependendo da posição em que estacionar seu carro, você poderá dar uma boa caminhada até a entrada. O preço para quem fica até 12 horas é de R$ 18,00.

Para quem vai de ônibus, pode contar com algumas linhas que saem do Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, até o interior do Riocentro, onde os passageiros descem próximos a entrada do Pavilhão Laranja.

A questão da informação para os visitantes também pode melhorar. A feira é dividida em três pavilhões: laranja, azul e verde e existem muitas placas indicando o que você encontra em cada um deles, porém quando você se dirige a algum funcionário da feira para pedir maiores esclarecimentos, a situação fica mais complicada. Praticamente, ninguém sabe lhe informar muita coisa. Pedem para você se dirigir aqui e ali, ou pesquisar nos mapas e cartazes sinalizadores. Acredito que a organização do evento poderia melhorar sua equipe com o objetivo de oferecer informações melhores e mais rápidas aos visitantes.

A Praça da Alimentação oferece muitas opções, mas os preços não são muito convidativos. Se você não pretende gastar muito e quer fazer um lanche razoável para manter as energias, é bom pesquisar um pouco antes de se decidir. Algumas lanchonetes oferecem brindes para a criançada e esse tipo de promoção sempre faz sucesso junto ao público infantil. Como a moda é chamar tudo de combo, lá podemos encontrar o chamado COMBO BIENAL, que inclui o sanduíche, batata frita, suco ou refrigerante e uma surpresa (uma mochilinha ou um brinquedo). Uma boa tática para atrair o público infantil.

Para as pessoas que receberam credencial garantindo entrada gratuita na feira, como professores, autores, profissionais do livro, entre outros, a entrada não foi muito rápida nos dois primeiros dias. Primeiro passavam por uma longa fila para triagem e eram atendidos por apenas duas pessoas. Depois eram conduzidos a outra fila para a verificação dos documentos. Aqui sim, os atendentes eram em maior número, o que garantia uma maior rapidez.

Com a credencial ou a entrada na mão, finalmente o passeio pelo mundo da literatura ia começar.



Na entrada, logo após passar a credencial no leitor ótico.


Pavilhão Laranja

Comecei a visita pelo Pavilhão Laranja e é neste pavilhão que a criançada delira, pois são oferecidas muitas promoções. Encontramos livros a partir de cinco reais. 
O segundo dia da Bienal recebeu muitas crianças das escolas públicas do Rio de Janeiro. E essas crianças recebiam um vale no valor de R$ 5,00 para escolher algum livro que chamou sua atenção. Elas ficavam enlouquecidas diante da farta oferta de livros a disposição, em um valor que elas podiam adquirir. Cheguei a ouvir o bate-papo de uma das crianças com sua professora. Ela já tinha gasto o seu vale e tinha gostado de outro livro. A professora argumentou: "eu avisei que não era para comprar logo no primeiro estande". E, de fato, essa orientação serve para os adultos também. Sou testemunha ocular disso. Vi um livro infantil de banho custar dez reais em um estande e em outro cinco. Então, fica a dica: faça um bom passeio pela feira antes de decidir comprar um livro.

Ainda no pavilhão laranja, temos vários estandes dos autores independentes. Vale parar para dar uma olhada. Mais uma vez, a criançada sai ganhando com as promoções. Em um desses estandes, você pode comprar livros também por cinco reais, mas se levar três, paga só dez reais. Convidativo, não?

Pavilhão Azul

Chegamos ao Pavilhão Azul. Esse é o pavilhão das grandes editoras e dos grandes estandes. Lá encontramos as Editoras Globo, Ediouro, FTD, Melhoramentos, Saraiva, Madras, Salamandra, Moderna, Vozes, Objetiva, entre outras.
É nesse pavilhão que encontramos o espaço dedicado ao país homenageado, a Alemanha. Um espaço muito bonito, criativo e interessante. Aqui já é um evento em particular. Você pode encontrar com autores, profissionais do livro da Alemanha e assistir (dependendo do horário) a algum bate-papo interessante sobre o mercado literário alemão. É um verdadeiro passeio pelo país, por seus costumes, cultura, história. Adorei! 

A exposição multimídia Alemão para iniciantes, com as 26 letras do alfabeto ilustradas por palavras típicas do dia a dia alemão, como A  de Arbeit (trabalho) ou Z de Zukunft (futuro), permite a familiarização com a língua alemã através de ferramentas interativas. Excelente, principalmente, para as crianças e adolescentes, como também para o público em geral.

Confiram algumas fotos do local:

Entrada no mundo germânico.





















Estante em forma de B.





















Dentro da estante em forma de G, exemplos da gastronomia alemã.





Por fim, uma seta indicando a distância para Frankfurt, onde o Brasil será o país homenageado na feira literária, que acontecerá naquela cidade de 9 a 13 de outubro deste ano.

E continuamos o nosso passeio pelo Pavilhão Azul, onde encontramos as Salas de Imprensa e dos Autores. Esse pavilhão também é palco das principais atrações da Bienal, como as que acontecem nos espaços Café e Placar Literário. O Blog da Fátima Augusta foi conhecer esses espaços, onde as senhas para os eventos são distribuídas sempre uma hora antes de cada evento.

Aproveitando para descansar no palco do Placar Literário, que tem capacidade para 105 pessoas.
O espaço do Placar Literário é informal e está pronto para um bate-papo descontraído sobre literatura e futebol. O espaço garante a proximidade entre os convidados e o público, com os seus bancos de madeira dispostos em semicírculo. A cor predominante da decoração é o verde para simular o gramado de um campo de futebol. O resultado ficou muito bom.

Já o espaço do Café Literário é um pouco mais formal, com um pequeno palco e o público assiste ao bate-papo em mesas de restaurante. Como o nome é Café, no espaço é possível beber um café, comer salgados, doces, enquanto se participa do encontro com os autores. É um espaço bem interessante, que conta, inclusive, com o serviço de tradução simultânea. No dia em que o Blog da Fátima Augusta esteve presente, notei um pouco da falta de informação para utilização do equipamento, que conta com três canais, para que a tradução de cada participante possa ser ouvida e compreendida por todos. Até mesmo uma das autoras, que não falava português, teve dificuldade nos momentos iniciais. O problema foi resolvido com a utilização de apenas um microfone dividido entre a mediadora e as três autoras. Com um dos canais ativo foi possível ouvir a reclamação da tradutora dizendo que "eles não conseguiram equalizar o equipamento". Apesar disso, o momento não perdeu seu brilho e foi muito interessante.

Na entrada do Café Literário.

O Blog participou do Café Literário Escrevendo entre mundos, que contou com a participação das escritoras Olga Grjasnowa, Carmen Stephan e Carola Saavedra e da mediadora Leila Sterenberg. O bate-papo girou em torno da influência de outras culturas na produção literária de quem vive ou viaja por outros países. Todas as escritoras participantes desse encontro têm em comum as experiências de vida fora da sua terra natal.

Da esquerda para a direita, as escritoras Olga Grjasnowa, Carmen Stephan, Carola Saavedra
e a mediadora Leila Sterenberg.

A escritora Olga Grjasnowa, a única, das três escritoras, que não falava português no encontro, nasceu no Azerbaijão, mas mudou-se para a Alemanha ainda adolescente, onde aprendeu a falar fluentemente o idioma em apenas dez meses. A sua produção literária está em alemão, que ela considera uma língua "rígida, sem muito humor". O seu primeiro romance de sucesso, publicado na Alemanha, O russo é alguém que ama bétulas, publicado em 2012, ainda sem tradução no Brasil, fez dela uma sensação na cena literária alemã.

A chilena Carola Saavedra veio para o Brasil aos três anos de idade, onde formou-se em jornalismo pela PUC Rio, mas passou anos na Europa e hoje voltou a viver no Rio de Janeiro. Sua produção literária é em português e seus romances já receberam importantes prêmios nacionais, como o prêmio APCA de melhor romance, de 2008, com Flores Azuis, e o prêmio Rachel de Queiroz, de 2010, na categoria jovem autor, com Paisagem com dromedário.

A alemã Carmen Stephan é jornalista e trabalhou como correspondente no Brasil para o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, um dos mais importantes do país. Nasceu em Munique, Baviera, em 1974 e, como correspondente, viveu também em outros países, como Espanha e Irlanda.  O seu romance de estreia, ainda sem editor no Brasil, conseguiu a atenção da crítica alemã e recebeu o prêmio literário da Fundação Jürgen Ponto. Mal Aria, lançado em 2012, conta a história de uma jovem alemã que vem ao Brasil, mais precisamente a Amazônia, para estudar e acaba sendo picada pelo mosquito transmissor da malária. O interessante do livro é que a história é contada sob a ótica do mosquito. Ele é o narrador da história e é através dele que o leitor observa a vida do ser humano e o mais interessante é que ele não vê como crime o sofrimento que causa e sim como necessidade. A história nasceu de uma experiência vivida pela própria autora, que já foi vítima da doença. "Foi uma experiência muito forte! Eu aproveitei para aprender, para me transformar", conta Carmen, acrescentando que escreveu a história em um mosteiro, quando se refugiou para se dedicar integralmente ao livro. À vontade e feliz por estar aqui novamente, Carmen elogia o tratamento dado aos escritores pelos organizadores do evento. "Estamos muito bem cuidados aqui", conclui.

Blog da Fátima Augusta com a autora Carmen Stephan.
Questionadas pela mediadora Leila Sterenberg sobre as diferenças entre a Bienal do Livro do Rio e a Feira de Frankfurt, é Olga Grjasnowa quem explica: "Aqui é muito mais relax do que Frankfurt. Lá, o evento é destinado mais para as editoras. Aqui o objetivo maior é atrair leitores", finaliza.

Pavilhão Verde

Bem, mas apesar do prazer que foi passear pelos Pavilhões Laranja e Azul, agora chegou a vez do Pavilhão Verde.
É neste pavilhão que encontramos o Salão de Negócios, o Acampamento na Bienal (veja detalhes na postagem anterior), o estande da Light, especialmente dedicado às crianças, o estande da Revista Capricho, com atividades visando atrair o público adolescente, o Auditório Mario de Andrade, com capacidade para 340 pessoas, onde acontece o Encontro com Autores, o espaço Mulher e Ponto (com 120 lugares) e o espaço Planeta Ziraldo, que oferece, entre outras atividades, apresentações de espetáculos com 15 minutos de duração. O espaço faz a alegria da criançada e também dos mais crescidinhos também. Todas as senhas para participar dos eventos dos diversos espaços são distribuídas sempre uma hora antes de cada evento.

Espaço Mulher e Ponto.



































Ainda no espaço Planeta Ziraldo, destaque para a importância da leitura.

No Pavilhão Verde, encontramos também o estande do time carioca Fluminense, como parte da campanha Sócio Torcedor desenvolvida pelo clube com o objetivo de angariar mais sócios. O torcedor encontra ainda souvenirs, como camisas e outros utensílios à venda no estande. O público teve oportunidade também de assistir uma entrevista, ao vivo, com o ex-jogador Assis sobre o filme que conta a sua trajetória profissional e foi produzido por seu próprio filho, Gustavo Stella. O bate-papo atraiu a atenção do público torcedor do time tricolor carioca.

Ao centro, o ex-jogador Assis e à direita seu filho, Gustavo Stella.


Torcedor posa para foto ao lado do display com a foto do ídolo tricolor Fred.

Assim, finalizamos o primeiro dia de visita à Bienal do Livro do Rio. 

Nos dirigimos à saída atravessando os pavilhões para pagar o estacionamento ou pegar um dos ônibus disponíveis e voltar para casa, cansados certamente, mas satisfeitos com a viagem pelo mundo das letras. 

Nesse caminho rumo à saída, uma imagem surpreendeu o Blog da Fátima Augusta. Entre um pavilhão e outro, existe um rio que passa exatamente no meio do Riocentro. Esse rio, conforme informações, é chamado Rio Camorim. A surpresa fica por conta da sujeira que encontramos no leito do rio. A imagem fala por si só e mostra o descaso das autoridades com o meio ambiente. Dá para parar e pensar: se em um evento internacional não existe essa preocupação, imagina quando o público for só interno.


Rio que corta o Riocentro, local onde acontece a Bienal do Livro do Rio. Sujeira e descaso.



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

BIENAL DO RIO 2013: COMEÇA AMANHÃ!!!

O Rio de Janeiro se prepara para mais uma edição da BIENAL DO LIVRO DO RIO, que a cada ano arrebata mais e mais visitantes. A expectativa é que o Riocentro, local onde acontecerá o evento, receba cerca de 600 mil pessoas durante os 11 dias da feira, que conta com uma área de 55 mil metros quadrados, divididos em três pavilhões, ocupados por 950 expositores. 

A Bienal do Rio abre suas portas amanhã, às 13 horas, e vai até o dia 08 de setembro. 
Durante a semana, o horário de funcionamento será das 09 às 22 horas e nos fins de semana, das 10 às 22 horas.



O país homenageado da 16ª edição da Bienal de 2013 será a Alemanha, que promete novos e bons negócios para o mercado literário brasileiro e alemão. Para isso, os organizadores prometem uma ampla oferta de atividades artísticas e literárias, com o objetivo de intensificar o intercâmbio entre as duas nações, já que o Brasil também será o país homenageado da Feira de Frankfurt, que acontecerá no período de 09 a 13 de outubro de 2013.

Em 30 anos de existência do evento, que começou em 1983 no Hotel Copacabana Palace, com apenas 104 estandes e 86 editoras, a Bienal deste ano apresenta a maior programação cultural e receberá o maior elenco de autores internacionais de todas as edições. O público terá possibilidade de conhecer ficcionistas premiados, autores que figuram na lista dos mais vendidos, como também especialistas em arte, biógrafos, historiadores e roteiristas.

Regina Bilac Pinto, presidente do SNEL na época, recepciona o então Governador do Rio Leonel Brizola na abertura da primeira Bienal, em 1983.




Ziraldo, presente na primeira edição da Bienal do Rio, recebe a visita do então Governador de São Paulo, Franco Montoro, em 1983.








Algumas novidades prometem surpreender os visitantes, como o Placar Literário, que pretende intensificar as relações entre a paixão nacional brasileira, o futebol, com a literatura, e o Salão de Negócios, destinado aos profissionais do mercado literário. O espaço contará com a presença de agente literários e profissionais do livro de várias partes do mundo e acontecerá nos primeiros três dias da Bienal.

Uma outra novidade da feira é um espaço dedicado exclusivamente aos jovens, mais precisamente os adolescentes, chamado de Acampamento na Bienal, que permitirá um bate-papo animado dos visitantes com seus ídolos. A ideia é mostrar como a narrativa e a tecnologia caminham juntas, mostrando exemplos de livros que viram filmes, games, sites. Para enriquecer a discussão dessa cultura de convergência, o público contará com a presença do roteirista dos jogos eletrônicos Assassin's Creed, Corey May (EUA), um dos mais populares da atualidade, com mais de 50 milhões de cópias vendidas. O videogame inspirou a série de livros de mesmo nome, que já vendeu mais de 450 mil exemplares.

Corey May, roteirista do jogo Assassin's Creed.


O público mirim também não foi esquecido. A XVI BIENAL DO LIVRO DO RIO reservou uma área de 500 metros quadrados para os pequenos leitores. Nessa área veremos uma homenagem especial ao escritor e cartunista Ziraldo, que esteve presente em todas as edições do evento. Personagens inesquecíveis, como Menino Maluquinho, Flicts e Pererê, ganharão vida e prometem fazer a alegria da criançada no espaço intitulado de Planeta Ziraldo.

Ziraldo participou de todas as edições da Bienal do Livro.


Espaços consagrados permanecem na programação

O Café Literário mais uma vez convida o público a participar de descontraídos debates sobre livros, estilos e ideias. O espaço é um grande sucesso de público e oferecerá 35 sessões de bate-papos com aproximadamente 100 autores, entre eles, Zuenir Ventura, Ana Maria Machado, Edney Silvestre, Lya Luft e Laurentino Gomes, entre outros. É um momento inesquecível para os fãs, pois permite um contato mais próximo do leitor com o seu autor preferido. Mas vale lembrar que as senhas são limitadas devido ao espaço e são fornecidas sempre uma hora antes de cada bate-papo. 


Laurentino Gomes participará do Café Literário no dia 31, às 15:30h.


O Mulher & Ponto é um outro espaço que está mais uma vez presente no evento, mas desta vez promete trazer algumas novidades que foram esboçadas nas duas últimas edições da Bienal, como as discussões sobre a nova literatura erótica, qualidade de vida e a arte de envelhecer, entre outros. Este ano também está na pauta a voz feminina na literatura africana e também uma leitura afetiva da obra de Lygia Fagundes Telles, autora que completou 90 anos este ano.


Ainda teremos a oportunidade de conversar com outros nomes badalados no Encontro com Autores e Conexão Jovem, realizados nos auditórios Rachel de Queiroz (Pavilhão Azul) e Mário de Andrade (Pavilhão Verde). Entre as principais atrações, o evento contará com a participação de Nicholas Sparks, autor dos livros Diário de uma paixão e Noites de Tormenta; Thalita Rebouças e Maurício de Sousa lançando juntos o livro Ela Disse, Ele Disse: o namoro; James C. Hunter, autor de O Monge e o Executivo e Sylvia Day, autora de Toda Sua. Nestes espaços as cadeiras são numeradas.

Nicholas Sparks estará presente no espaço Encontro com Autores.


Thalita Rebouças e Maurício de Sousa.





























Enfim, um evento de grandes proporções e de variadas opções. Vale a pena conferir. Os ingressos custam R$ 14,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia) e podem ser adquiridos antecipadamente ou durante o evento, nas bilheterias do Riocentro, que fica na avenida Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca. A meia entrada é garantida para maiores de 60 anos, estudantes do ensino fundamental, médio ou superior da rede pública ou particular e portadores de necessidades especiais.

Para maiores informações visite o site da Bienal do Livro do Rio.

Não percam!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

BIA BEDRAN em dose dupla!

O Blog da Fátima Augusta esteve presente na comemoração em dose dupla dos 40 anos de carreira da cantora e compositora Bia Bedran. Eu digo dose dupla, porque Bia apresentou dois espetáculos completamente diferentes no mesmo final de semana. Tudo em nome de uma comemoração mais do que merecida. Não posso deixar de admitir que foi um ato de coragem e, por que não dizer, ousadia. Ousadia sim. 

Conhecida e admirada por seu trabalho dedicado as crianças como autora, contadora de histórias, cantora e compositora, Bia Bedran resolveu trazer a tona canções destinadas a um público mais crescidinho, mas que foram compostas por uma Bia menina, ainda adolescente. No show BEATRIZ, os fãs da cantora têm a oportunidade de se deliciar com a poesia singela e, ao mesmo tempo, profunda das letras e melodias compostas por uma Bia sensível, mas atenta ao mundo a sua volta. 



Emocionada, cercada de amigos, familiares e fãs, Bia, de uma forma mais intimista, nos presenteia mais uma vez com a sua voz firme e melodiosa. Em uma hora de espetáculo, ela consegue nos fazer sentir toda a sua emoção pelos seus 40 anos de carreira e também pela magia que foi resgatar a Bia menina. 

À vontade, Bia conversa com a plateia, como uma boa contadora de história e relembra fatos da sua vida na época em que compôs cada canção do repertório do espetáculo. Isso faz com que ela se aproxime ainda mais do público, rendido e, ao mesmo tempo, curioso por descobrir onde esse passeio ao passado ia nos levar. Ela só faz uma ressalva nesse passeio rumo à "nascente do rio", como ela mesma definiu a elaboração do CD BEATRIZ: a música Acalanto. Confesso que fiquei muito tocada com esta canção e as palavras que antecederam a sua apresentação, quando Bia menciona o momento em que os filhos se libertam, se soltam para viver suas próprias vidas e caminhar com os próprios pés. Muito emocionante! Principalmente, para quem pressente a chegada desse momento para breve.

Em minha modesta opinião, me arrisco a dizer que este show é para ser sentido, imaginado, sonhado. 


Bia conversa com a plateia.


RODA DE SAMBA DO CARAMINGUÁ

No dia seguinte, domingo em comemoração ao dia dos pais, no mesmo palco do Teatro Municipal de Niterói, Bia Bedran voltou a apresentar o que tornou o seu trabalho reconhecido. Misturando música com contação de história, Bia traz uma roda de samba para cantar e contar a história de Jorginho, personagem do seu décimo segundo livro infantil, O CARAMINGUÁ.



Descontraída, alegre, bem humorada, Bia nos leva agora a passear pelo mundo do samba através dos olhos do menino Jorginho, filho de um mestre de cavaquinho. 





















Um espetáculo divertido, que transmite valores, como a solidariedade e o imenso amor de um filho por seu pai e onde se ouve uma boa música e uma boa história. O que se viu foram crianças e adultos cantando junto com Bia, batendo palmas, como se estivessem participando da roda de samba, que corria solta no palco. 

Ao final do espetáculo, Bia aproveita para receber o carinho dos fãs e autografar o livro O CARAMINGUÁ.

Fã mirim emocionado com o abraço da cantora.


Blog da Fátima Augusta curtindo e prestigiando esse momento especial.



















quarta-feira, 7 de agosto de 2013

BIA BEDRAN comemora 40 anos de carreira no Teatro Municipal de Niterói.

Beatriz Martini Bedran, mais conhecida como Bia Bedran, está comemorando 40 anos de carreira. Para a ocasião Bia preparou dois espetáculos, que pretendem dar o tom do que foi, do que é e do que será a sua carreira. A comemoração parece que vai emocionar ao público fiel da cantora e aproveitar para arrebatar novos fãs. 

Referência em arte e educação, formada em Musicoterapia e em Educação Artística com habilitação em música, Bia Bedran promete ousar nesta comemoração. Afinal, não é qualquer um que decide fazer dois shows completamente diferentes em um mesmo final de semana.

No sábado, às 20 horas, Bia lança seu novo CD BEATRIZ em um show destinado ao público adulto, ou melhor, mais crescidinho, a partir dos 12 anos. No domingo, às 17 horas, Bia estreia o show de lançamento do livro O CARAMINGUÁ. Este último dedicado ao público infantil, mas que promete agradar em cheio aos adultos também.



BEATRIZ

"Fazer esse disco foi como se eu tivesse encontrado a nascente de um rio", revela a emocionada Bia ao tentar explicar o processo de elaboração do CD, que apresenta doze músicas compostas entre os anos de 1966 a 1968 pela menina dos festivais, como a compositora era conhecida na época. Bia conta que encontrou essas canções, gravadas em fitas, em um bauzinho guardado no porão da casa onde nasceu. Foi o encontro da Bia adulta dedicada às crianças com a Bia menina, que refletia nessas canções as suas impressões do mundo e da natureza. Dedicado aos pais, Amim e Wanda Bedran, BEATRIZ conta com a participação de João Carlos Coutinho no piano, Joca Moraes na bateria e percussão, Ricardo Medeiros no contrabaixo e arranjos e Patrick Angello nos violões de seis e sete cordas. "O violão de seis, sete cordas dá aquele brilho as faixas, que falam tanto de mar, de vento... O violão não podia faltar", diz, enfática.




RODA DE SAMBA DO CARAMINGUÁ

Alguém sabe o que é um caraminguá? Os adultos até podem saber, porque vivem atrás dele. Mas para o menino Jorginho, o significado da palavra pronunciada por seu pai tão querido era um grande mistério. Nascido e criado em uma roda de samba, o menino se encantava com as canções do seu pai, mestre de cavaquinho, que sonhava em gravar uma de suas músicas. Mas lhe faltava o tal do caraminguá para realizar tal feito. Jorginho, então, resolve que vai descobrir o que é o caraminguá e conseguir um para o pai poder gravar o seu samba. Essa é a história do décimo segundo livro infantil lançado por Bia Bedran, que serve como pano de fundo para o show do próximo domingo, dia 11 agosto, às 17 horas. 
No espetáculo, que comemora os 40 anos de carreira da cantora e reúne os sucessos dedicados ao público infantil, Bia cantará e contará histórias para toda a família num formato de roda de samba, acompanhada de Tiago Souza no bandolim, Paulão Menezes na percussão, Alexandre Maionese na flauta, Patrick Angello nos violões de seis e sete cordas, Guilherme Bedran no violino e Daniel Scisinio no cavaquinho. 
E tem mais uma notícia boa para os pais! Eles vão poder economizar uns caraminguás. No próximo domingo, devido a comemoração do dia dos pais, a entrada é gratuita para eles. A diversão é garantida e econômica! Vale a pena conferir.

O Teatro Municipal de Niterói fica na rua XV de Novembro, 35. Centro. Niterói.

domingo, 4 de agosto de 2013

DICA: Como escrever uma boa redação.

Colocar no papel as nossas ideias e os nossos pensamentos nem sempre é uma tarefa fácil. Imagine quando você precisa colocar suas ideias a respeito de um tema escolhido por outra pessoa. Fica mais difícil ainda, não é mesmo? 



Consciente do fato, uma amiga me pediu que desse uma olhada nas redações da sua filha adolescente. Ela estava cursando o último ano do ensino fundamental e estava se preparando para fazer as provas para ingresso no ensino médio. Achei a ideia ótima e a candidata também! 

Ela me enviou, então, a sua primeira redação. Um pequeno teste para ver como estava a sua desenvoltura com as palavras. Ela mesma escolheu o que ia escrever. O tema proposto fez parte de uma das provas do colégio que ela iria tentar o ingresso. Após receber o material, fiz algumas considerações para ajudá-la em seus próximos textos. 
Ela seguiu se dedicando e obteve êxito nas provas. Está cursando o primeiro ano do ensino médio no Colégio Pedro II. Parabéns a ela pela dedicação e empenho!

Bem, diante disso, pensei que, talvez, as dicas que forneci a ela pudessem ajudar a outros candidatos na mesma situação. Sendo assim, decidi fazer uma postagem com as orientações iniciais que forneci a ela. Vou transcrever primeiro as solicitações da banca, depois o texto dela e, por fim, minhas considerações.

REDAÇÃO: Considerando que os padrões culturais de qualquer sociedade são construções sociais marcadas por sua época, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre as relações amorosas no mundo atual. Seu texto deverá:
* Conter obrigatoriamente argumentos que sustentem suas opiniões;
* Ter entre 20 e 25 linhas;
* Apresentar letra legível e não conter rasuras;
* Ter, no mínimo, três parágrafos;
* Estar de acordo com a norma padrão para modalidade escrita;
* Ser em prosa;
* Ter um título

Ela me enviou, então, o seguinte texto, transcrito exatamente como ela escreveu:



A compaixão do amanhecer
A sociedade se rebelou, não vemos mais aqueles sorrisos inocentes. Pessoas não cuidam, não ajudam, não querem saber se os outros se alimentam, se sentem frio.
A compaixão é um sentimento distinto. É difícil encontrar amigos verdadeiros, que querem só o seu bem, colegas sem interesse pelo que você é, ou pelo que você tem, casamentos sem prazo de validade e pessoas fiéis.
Nos dias atuais, não sabemos o que é o amor. Povos sofrem por tragédias decorrentes aos ambientes escassos e sem uma infraestrutura adequada.
Saneamento básico é uma palavra que não conhecemos, pois o Meio ambiente não é bem cuidado, e quando é, não dão o valor necessário.
O Meio ambiente não tem valor, para aqueles que não sabem qual é o verdadeiro objetivo do amor nos dias atuais.

Vamos agora as minhas considerações, na íntegra, enumeradas em tópicos:

* Primeiramente, temos que respeitar/seguir o que está sendo solicitado no enunciado. Neste caso, eles pediram uma redação com 20 a 25 linhas. Você fez com 15 linhas. Isso não é bom, pois pode indicar que você não soube expor suas ideias dentro do espaço que eles propuseram, ou não sabe como abordar o assunto. É sempre bom respeitar o número de linhas pedidas, nem menos, nem mais.

* Eles pedem, no mínimo, três parágrafos. Por quê? Três parágrafos permitem que você apresente o assunto ou o problema em si a ser tratado (no primeiro). No segundo, você expõe os problemas, destrincha melhor o assunto em pauta. E no terceiro, você apresenta a conclusão com a possível solução para a questão.

* A sua redação expõe basicamente a falta de sentimento entre as pessoas, isto é, a falta de solidariedade que existe no mundo. Mas não conclui o assunto, não prevê uma solução, mesmo que sombria, para a questão. Ela fica limitada a apresentar as características da falta de amor entre os seres. O assunto precisa ser melhor tratado. Nós não conseguimos entender exatamente o que você está querendo abordar. Parece apenas um lamento. É preciso elaborar melhor o que você quer enfatizar. Qual é o fato mais importante que você deseja que o leitor se detenha? Pense nisso. Um bom exercício é reescrever a mesma redação, depois do que conversamos. O que acha?

* Na primeira linha você diz: "A sociedade se rebelou..." Se rebelou com o quê? Você não diz.Você segue dizendo que as pessoas não se importam umas com as outras. Mas... E daí? Quais são as implicações dessa falta de interesse entre os seres?

* Na outra frase "saneamento básico é uma palavra que não conhecemos...". Saneamento básico são duas palavras e não apenas uma.

* Esse parágrafo ficou um pouco confuso, pois você diz que não conhece o que é saneamento e a culpa é do descaso com o meio ambiente. Logo depois, você diz que quando o meio ambiente é bem cuidado, "não dão o valor necessário". Mas quando e como ele está sendo bem cuidado? E de que forma não estão dando valor a isso? Quais as ações que você constatou que atestam esse fato que você expôs?

* Você termina dizendo que quem não sabe o objetivo do amor, não dá valor ao meio ambiente. Ficou confuso. Melhor se concentrar nas ações que demonstrem esse descaso. Pode até falar sobre o amor, mas tem que determinar melhor esse tipo de amor.

* O que acha de reescrever essa redação? Eu acho uma ótima ideia! Vou ficar aguardando. É o nosso primeiro exercício. Lembre-se que eles pediram uma redação que fale sobre as relações amorosas no mundo atual. Pense, então, nos seguintes pontos:
- Você vê algum problema nesse tipo de relação atualmente?
- Que diferenças você encontra entre as relações do passado e as atuais?
- Quais os principais problemas? Ou os pontos negativos? Você pode, inclusive, traçar um paralelo entre os pontos negativos do passado e do presente.
- Quais os pontos positivos? Tudo na vida tem dois lados. É bom mostrar os dois. Isso indica que você conhece sobre o que você está escrevendo.
- Na conclusão você pode finalizar com o resultado do que você expôs. Quais foram as implicações das mudanças que você apresentou nos parágrafos anteriores? Como está a sociedade atualmente em função dos elementos que você apresentou. Na conclusão, você pode, inclusive, apontar uma visualização do futuro para esta sociedade no que concerne ao tema relações amorosas. Como você acha que será o futuro desse tipo de relação diante de tudo o que está acontecendo e você expôs.



Bem, essas foram as minhas considerações. Se você, amigo leitor, tiver mais alguma contribuição a fazer para o tema, fique à vontade. Mande a sua dica. Todos só teremos a ganhar e a nossa língua portuguesa ficará ainda mais rica. Obrigada!